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29 / Set / 2023

Gestão de riscos: a importância da primeira linha de defesa nas cooperativas de crédito

Por Rui de Assis Vasconcelos

A gestão de riscos é o processo que trata dos riscos e oportunidades que afetam a criação, a destruição ou a preservação de valor nas instituições. Os principais riscos a serem gerenciados pela administração das cooperativas de crédito são apresentados em normativos emitidos pelo Banco Central do Brasil.

 

A implementação de um adequado sistema de gestão de riscos se relaciona diretamente com os mecanismos de governança e de controle interno que visam aprimorar a direção e o controle e assegurar maior responsividade, transparência e integridade nas relações da cooperativa.

O conselho de administração e a alta administração das cooperativas devem disponibilizar os recursos necessários, além de disseminar a cultura de conformidade, – é o que denominamos de “tom do topo”.

Devemos considerar que a gestão de riscos é um processo contínuo, que pode exigir mudanças de procedimentos e de cultura e envolve toda a cooperativa. O comprometimento com o desenvolvimento de uma cultura de gestão de riscos como ferramenta estratégica da estrutura de governança, a incorporação da gestão de riscos às responsabilidades gerenciais, a implantação de um controle interno baseado em riscos e a inclusão dessa competência nos programas de formação dos gestores são condições que definem a sustentabilidade da cooperativa.

 

 

Neste contexto, um importante destaque é a atuação dos gestores de áreas nas cooperativas de crédito. Como responsáveis pela primeira linha de defesa, desempenham um papel fundamental na segurança e estabilidade das operações da cooperativa, a partir dos mecanismos e práticas adotados para minimizar riscos e proteger os interesses dos associados da cooperativa.

E esse processo deve ocorrer por meio das atividades cotidianas das áreas que os gestores devem identificar, avaliar, gerir e comunicar os riscos. Nesse nível, efetivamente ocorre a implementação de políticas e procedimentos internos de controles que devem produzir eficácia em mitigar os riscos a um nível residual e que as atividades estejam de acordo com as metas e os objetivos. Assim, é fundamental que todo o pessoal da cooperativa conheça o impacto de suas atividades nos negócios desta e que desenvolvam suas atividades com pensamento crítico voltado para a gestão de riscos.

Por exemplo, o pessoal responsável pela recepção, conferência e inputs das informações cadastrais dos associados nos sistemas informatizados devem conhecer os impactos que podem ser provocados por um cadastro inserido com erros ou dados de fontes não fidedignas nas bases internas. Uma operação de crédito pode ser liberada para o associado sem capacidade de pagamento, gerando futura inadimplência ou pode ser liberada para partes conectadas não identificadas, resultando em desenquadramento em limite de exposição por cliente. Em ambos os casos, pode-se implicar em perdas para a cooperativa.

Outro exemplo parte das concessões de crédito para novos associados, situação em que as visitas às instalações de unidades produtivas (rural ou industrial) devem ser realizadas tendo inclusive o olhar para questões relacionadas a riscos sociais e ambientais, sob pena de uma eventual materialização desses riscos resultar em risco reputacional para a cooperativa.

Os gestores de primeira linha de defesa devem estar sempre alertas para as ameaças externas, que são resultados de ações e mecanismos preparados por pessoas que buscam facilidades financeiras e ganhos de formas ilícitas no mercado financeiro, bem como as ameaças internas, eventualmente provocadas por desvio de conduta e ética.

 

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